domingo, 15 de junho de 2014

MÍDIAS SOCIAIS E ESCOLA

                              MÍDIAS SOCIAIS E ESCOLA
                                                                 Maria Mercês Toledo Brandão Andrade
                                                                PROINFO – Redes de Aprendizagem
v  “Sabe-se que não há fórmula mágica, nem receita pronta para utilização das Mídias Sociais na Educação, mas por ser a rede um espaço social, é também um espaço de educação e aprendizado, mas é papel do professor explorar as potencialidades desse recurso e de outras ferramentas tecnológicas, com criatividade, procurando propor atividades que possam ser inseridas no contexto das suas aulas, mas nunca esquecendo que a tecnologia é um meio e não um fim”. (AZEVEDO; BARBOSA, 2009)

            Na sociedade digital dos dias atuais, com a tecnologia da informação e comunicação, aproximando o real e o virtual e uma vastidão de informações e dispositivos de comunicação  facilmente acessados pelo telefone celular, cada vez mais popular, temos um público infanto-juvenil “antenado”, “rebelde”, “agressivo”, “alienado”, “desestimulado”?
              Os estudantes estão imersos num contexto dinâmico de mudanças em todos os aspectos quer sejam físicos, emocionais, socioculturais, estruturais, relacionais... 
             Qual o papel da escola, a fim de mobilizar seu público alvo para atingir seus objetivos?
               Percebemos muitas vezes, que há uma lacuna ou distanciamento entre os educadores e as novas gerações. Os primeiros precisam caminhar ao encontro do público infanto-juvenil. Este, muitas vezes usuários naturais da cultura digital, com mídias cada vez mais interativas como a web, onde comunica-se facilmente, cria-se conteúdos, opina, interage, pode aprender colaborativamente, melhorando a autoestima, a autonomia, a criatividade, a criticidade,  tornam-se desinteressados pela escola.
               Cumpre aos educadores  buscar possibilidades de uso da tecnologia da informação e comunicação, como ferramentas pedagógicas, com a finalidade de tornar o processo de ensino e aprendizagem  mais atraente e significativo, a fim de   atingir os objetivos educacionais.
              Há necessidade de formação continuada  dos educadores, visando a inclusão digital da comunidade escolar. Faz-se também necessária a instalação de laboratórios de informática bem equipados e funcionais. Importante também são os professores coordenadores do laboratório de informática, que devem ser pessoas engajadas, entusiastas a participar de atualizações e divulgação de recursos educacionais multimídia e digitais no processo de ensino e aprendizagem.
               Ao inserir as mídias sociais como instrumentos didático-pedagógicos a escola precisa  refletir com sua comunidade, buscando traçar objetivos, posturas, acordos, regras e limites,  a fim de definir medidas de segurança em relação a conteúdos e pessoas inadequadas. É imprescindível traçar diretrizes claras, com a participação ativa e responsável de representantes de todos os segmentos da comunidade escolar: alunos, pais, educadores, funcionários, definindo então na elaboração do projeto político pedagógico estratégias para orientar, cuidar e educar, para o convívio virtual.
             Cabe à escola preparar o cidadão para desfrutar com dignidade os direitos da cidadania digital, uma vez que vivemos numa sociedade interligada por redes. Utilizando a tecnologia da informação e comunicação e mídias sociais na realização de projetos pedagógicos traçados coletivamente, podemos promover o protagonismo infanto-juvenil, numa construção colaborativa e significativa de conhecimentos, que ampliam a possibilidade de formação da cidadania emancipatória, crítica, criativa, ética.
            A criação de um blog, grupo ou comunidade de aprendizagem de preferência fechado, poderá ser ferramenta para reflexão, troca, partilha de saberes, entre pares, sob a orientação do mediador/educador, deixando o processo de aprendizagem mais interativo e prazeroso.
               .Tenho grande interesse em tecnologia da comunicação e informação. Tenho um blog: http://profamariamerces.blogspot.com.br Neste blog postei algumas reflexões e construções relacionadas ao meu trabalho como educadora.
               
   Recentemente eu e uma colega criamos um grupo  https://www.facebook.com/groups/educacao.alimentacao/?fref=ts O referido grupo tem o objetivo de articular o diálogo entre os educadores sobre o projeto que estamos desenvolvendo.
             Infelizmente nem todas as pessoas têm chances de acessar e instrumentalizar-se efetivamente para o uso das mídias, quer seja pela condição social,  aspecto este que poderia ser resolvido com acesso à escolas bem equipadas, mas no geral estas também deixam a desejar neste item,    quer seja por falta de equipamentos ou por falta de atualização de pessoal. Há necessidade de maiores investimentos na educação, uma vez que ela é  essencial para a formação de uma sociedade mais equilibrada, mais humana e mais feliz.

REFERÊNCIAS:
        *BARBOSA, C. C. Apropriação das mídias sociais como recurso no processo ensino-aprendizagem. Instituto Ayrton Senna. Disponível < http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=5706 > Acesso em 13 jun. 2014
         BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Proinfo Integrado. Redes de Aprendizagem. Guia do Cursista. Brasília, DF, 2013
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
         PECHI, D. Como usar as redes  sociais a favor da aprendizagem. Revista Nova Escola, São Paulo, out./2011.Disponível < http://revistaescola.abril.com.br/formacao/redes-sociais-ajudam-interacao-professores-alunos-645267.shtml > Acesso em 11 jun. 2014
         PHILLIPS, Linda Fogg; BAIRD, Derek M.A.; FOGG, B. J. Facebook para educa­dores. Disponível < http://lantec.fae.unicamp.br/ed88/Xconteudos-digitais/arquivos/facebook-para-educadores-guia-PT.pdf  > Acesso em 11 jun.2014




       

segunda-feira, 31 de março de 2014

Postura frente ao "erro" no processo de ensino e aprendizagem

Maria Mercês T. B. Andrade



  

                  
             Apesar dos estudos de grandes pensadores educacionais, ressaltando a importância do processo  de ensino e aprendizagem centrado na construção do conhecimento pelo próprio sujeito,  em interação com o mundo dos objetos e das pessoas, em algumas escolas ainda persiste  uma prática pedagógica tradicional, onde o professor é o transmissor de conhecimentos e os alunos são meros reprodutores deste, evidenciando que na concepção de avaliação do aprendiz
            predomina um olhar que perscruta um caminho  a ser trilhado por todos da mesma maneira, ao mesmo tempo, numa sequência de momentos preestabelecidos, uniformes e que pune as descontinuidades, os desvios, obrigando os indivíduos a guiar-se pelos passos dos eleitos pela escola como 'caminhantes normais'(Hoffmam, 1996, p.9).
            Porém, o educador com perspectiva construtivista utiliza o "erro" do educando para prosseguir no processo de ensino aprendizagem, questionando, apoiando suas descobertas e construções, incentivando o crescimento do aprendiz.
            Na sociedade digital com uma grande gama de tecnologia da informação e comunicação, o educador deve ser o mediador de construção coletiva de conhecimentos, tendo portanto, o desafio frequente de atualização, de capacitação, a fim de intervir satisfatoriamente  para a construção de conhecimentos pelo educando.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Currículo, conhecimento e cidadania

               Currículo, conhecimento e cidadania

                                                               Maria Mercês Toledo Brandão Andrade
                                                               Proinfo Integrado - Elaboração de Projetos

                                  

        A constante evolução tecnológica e científica repercute em mudanças na estrutura da sociedade em todos os aspectos - valores, costumes, comportamentos, relacionamentos.
       Cabe à escola considerar os aspectos acima citados e buscar uma dimensão globalizadora do ensino para a compreensão, organização e implementação da proposta curricular que instrumentalize o aprendiz, para um contínuo aprender a aprender, a fim de gerir mudanças e conflitos com ética, equilíbrio, competência e cidadania crítica, criativa, emancipatória.
         A proposta curricular deve ser dinâmica, flexível, contextualizada, valorizando os conhecimentos acumulados pela humanidade bem como os conhecimentos prévios dos alunos no processo ensino-aprendizagem. É importantíssimo integrar recursos da tecnologia da informação e comunicação no desenvolvimento da mesma, uma vez que eles fazem parte da cultura da sociedade atual e a habilidade para operá-los para obtenção de informação e conhecimento, de forma crítica, criativa, responsável é fator imprescindível à inserção social.
          A abordagem dos conteúdos deve sempre estabelecer relações com questões sociais, políticas e humanas, buscando inserir conteúdos significativos à comunidade, envolvendo as diversas dimensões de identidade e de valorização do processo de construção e reconstrução do conhecimento.
        O educador deve prever estratégias que envolvam o estudante no processo de construção do conhecimento, para que ele observe, questione, pesquise, crie, experimente, analise, conclua, debata, posicione-se, dialogue, critique, interaja, relacione, enfim que ele seja sujeito ativo de sua própria aprendizagem e que esta o capacite para exercer seu papel de cidadão atuante na sociedade. Assim, qualquer que seja o recurso, estratégia ou procedimento de ensino, sua função ou eficácia depende do objetivo ou intencionalidade a que se destina, do envolvimento efetivo do aprendiz e da mediação realizada pelo educador.
             O currículo que se desenvolve com projeto, computador e internet potencializa a contextualização, a interdisciplinaridade com vistas à transdisciplinaridade, numa prática docente inovadora, em consonância com a sociedade plural na qual vivemos, permitindo o desenvolvimento do ensino-aprendizagem mais significativo, critico e participativo. É uma estratégia que permite a busca de solução de problemas do cotidiano educativo, em situações funcionais, com acesso a uma multiplicidade de informações, com diferentes linguagens, num processo colaborativo, onde educador e educando, cada um em sua função e nível são parceiros e sujeitos de aprendizagem. Através da interação dos estudantes sobre o meio e sobre o objeto do conhecimento e pela mediação do educador, informações podem transformar-se em ressignificação de conceitos e ou conhecimentos adquiridos, passando a fazer parte da formação dos mesmos, habilitando-os para atuarem como cidadãos  criativos, éticos, autônomo, participativos, capazes de transformar sua realidade social.
            No planejamento, execução e avaliação do trabalho docente é muito importante o educador ter pressupostos filosóficos, teóricos, didático-metodológicos bem definidos e objetivos claros, a fim de saber como, onde, quando, por que e para que fazer as intervenções pedagógicas adequadas à construção do conhecimento pelo aprendiz, numa perspectiva dialógica, crítica, criativa e libertadora. Faz-se necessário um processo contínuo de ação, reflexão, ação, em relação à prática docente e aos resultados alcançados ou que se deseja alcançar, uma vez que educador e educandos são parceiros e sujeitos de aprendizagem.
               Cabe portanto ao educador com essa grande responsabilidade político-social, o desafio de buscar instrumentalizar-se constantemente, a fim de dar nova vida ao currículo escolar, articulando e mediando intervenções pedagógicas eficientes entre currículo, tecnologia da informação e comunicação e educandos, para que estes construam os conhecimentos necessários à cidadania crítica, criativa, ética, solidária, autônoma.
 

             Referências:

               BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Proinfo Integrado. Elaboração de Projetos. Guia do Cursista. Brasília, DF, 2009
                FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970













quarta-feira, 15 de maio de 2013

Identificação de Mudança


Identificação de Mudança

          Em pleno século XXI, na sociedade do conhecimento, não é possível continuar apenas com métodos tradicionais de ensino-aprendizagem.
                  O  uso de computadores e internet na escola provoca uma revolução nos modos de ensinar e aprender. Há novos olhares, novas ações, novas perspectivas, para os papéis, funções, ações dos principais elementos desse contexto: o aluno e o professor. O uso das TICs na escola deixa o processo ensino-aprendizagem mais dinâmico,  interativo, prazeroso, colaborativo, cooperativo, significativo. Nesse espaço alunos e professores são autores/protagonistas, porque ambos aprendem e ensinam, à medida que interagem construindo conhecimentos.
                 Não é mais possível a escola continuar insistindo apenas em modelos tradicionais de ensino, quando a tecnologia da informação faz parte do cotidiano, da vida, da sociedade em que interagimos. Mas, infelizmente muitas escolas ainda permanecem sem acesso às TICs.
                 O uso da internet, da tecnologia da comunicação deixa a sala de aula mais viva, mais atualizada. Porém, o mais importante é a atuação, a postura, o olhar e o preparo do professor, para fazer essa mudança, essa revolução do ensino-aprendizagem. Não basta ter tecnologia, é preciso estar preparado para instaurar  novas formas de ensinar e aprender. É preciso continuar estudando, pesquisando, aprendendo a ver, a olhar, aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a buscar novas estratégias que estimulem, incentivem e potencializem a aprendizagem dos alunos.
                As TICs devem ser aliadas aos recursos pedagógicos e a projetos multidisciplinares e ou transdisciplinares, como meio de ampliação de experiências,  de conhecimentos, de saberes, de comunicação, de socialização, de integração, contribuindo para maior qualidade e melhor desempenho do processo ensino-aprendizagem. Assim, projetos pedagógicos devem incluir as TICs como recurso pedagógico importantíssimo para a capacitação de cidadãos mais autônomos, mais críticos, participativos, solidários, cooperativos, colaborativos e mais humanos.
                 Cabe à Escola estar sempre oportunizando a atualização e a capacitação dos docentes, a fim de que possam incluir a tecnologia da informação com segurança no dia a dia da sala de aula, através de projetos pedagógicos bem construídos com a participação da comunidade escolar.


Maria Mercês Toledo Brandão Andrade
Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal de Macaé/RJ
Curso: Ensinando e Aprendendo com as TICs
Macaé, 13/05/2013