MÍDIAS SOCIAIS E ESCOLA
Maria Mercês Toledo Brandão Andrade
PROINFO – Redes de Aprendizagem
v “Sabe-se que
não há fórmula mágica, nem receita pronta para utilização das Mídias Sociais na
Educação, mas por ser a rede um espaço social, é também um espaço de educação e
aprendizado, mas é papel do professor explorar as potencialidades desse recurso
e de outras ferramentas tecnológicas, com criatividade, procurando propor
atividades que possam ser inseridas no contexto das suas aulas, mas nunca
esquecendo que a tecnologia é um meio e não um fim”. (AZEVEDO; BARBOSA, 2009)
Na sociedade digital dos dias atuais, com a
tecnologia da informação e comunicação, aproximando o real e o virtual e uma
vastidão de informações e dispositivos de comunicação facilmente acessados pelo telefone celular,
cada vez mais popular, temos um público infanto-juvenil “antenado”, “rebelde”,
“agressivo”, “alienado”, “desestimulado”?
Os estudantes
estão imersos num contexto dinâmico de mudanças em todos os aspectos quer sejam
físicos, emocionais, socioculturais, estruturais, relacionais...
Qual o papel da
escola, a fim de mobilizar seu público alvo para atingir seus objetivos?
Percebemos
muitas vezes, que há uma lacuna ou distanciamento entre os educadores e as
novas gerações. Os primeiros precisam caminhar ao encontro do público infanto-juvenil.
Este, muitas vezes usuários naturais da cultura digital, com mídias cada vez
mais interativas como a web, onde comunica-se facilmente, cria-se conteúdos,
opina, interage, pode aprender colaborativamente, melhorando a autoestima, a
autonomia, a criatividade, a criticidade,
tornam-se desinteressados pela escola.
Cumpre aos
educadores buscar possibilidades de uso
da tecnologia da informação e comunicação, como ferramentas pedagógicas, com a
finalidade de tornar o processo de ensino e aprendizagem mais atraente e significativo, a fim de atingir os objetivos educacionais.
Há necessidade
de formação continuada dos educadores,
visando a inclusão digital da comunidade escolar. Faz-se também necessária a
instalação de laboratórios de informática bem equipados e funcionais.
Importante também são os professores coordenadores do laboratório de
informática, que devem ser pessoas engajadas, entusiastas a participar de
atualizações e divulgação de recursos educacionais multimídia e digitais no
processo de ensino e aprendizagem.
Ao inserir as mídias
sociais como instrumentos didático-pedagógicos a escola precisa refletir com sua comunidade, buscando traçar
objetivos, posturas, acordos, regras e limites,
a fim de definir medidas de segurança em relação a conteúdos e pessoas
inadequadas. É imprescindível traçar diretrizes claras, com a participação
ativa e responsável de representantes de todos os segmentos da comunidade
escolar: alunos, pais, educadores, funcionários, definindo então na elaboração
do projeto político pedagógico estratégias para orientar, cuidar e educar, para
o convívio virtual.
Cabe à escola preparar o cidadão
para desfrutar com dignidade os direitos da cidadania digital, uma vez que
vivemos numa sociedade interligada por redes. Utilizando a tecnologia da
informação e comunicação e mídias sociais na realização de projetos pedagógicos
traçados coletivamente, podemos promover o protagonismo infanto-juvenil, numa
construção colaborativa e significativa de conhecimentos, que ampliam a
possibilidade de formação da cidadania emancipatória, crítica, criativa, ética.
A criação de um blog, grupo ou
comunidade de aprendizagem de preferência fechado, poderá ser ferramenta para reflexão,
troca, partilha de saberes, entre pares, sob a orientação do mediador/educador,
deixando o processo de aprendizagem mais interativo e prazeroso.
.Tenho grande interesse em
tecnologia da comunicação e informação. Tenho um blog: http://profamariamerces.blogspot.com.br Neste blog postei algumas reflexões e
construções relacionadas ao meu trabalho como educadora.
Recentemente eu e uma colega criamos um grupo https://www.facebook.com/groups/educacao.alimentacao/?fref=ts O referido grupo tem o objetivo de articular o diálogo entre os educadores sobre o projeto que estamos desenvolvendo.
Infelizmente nem todas as pessoas
têm chances de acessar e instrumentalizar-se efetivamente para o uso das
mídias, quer seja pela condição social,
aspecto este que poderia ser resolvido com acesso à escolas bem
equipadas, mas no geral estas também deixam a desejar neste item, quer seja por falta de equipamentos ou por
falta de atualização de pessoal. Há necessidade de maiores investimentos na educação,
uma vez que ela é essencial para a
formação de uma sociedade mais equilibrada, mais humana e mais feliz.
REFERÊNCIAS:
*BARBOSA, C. C. Apropriação das mídias
sociais como recurso no processo ensino-aprendizagem. Instituto Ayrton Senna.
Disponível < http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=5706 > Acesso em 13 jun. 2014
BRASIL. Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Básica. Proinfo Integrado. Redes de Aprendizagem. Guia
do Cursista. Brasília, DF, 2013
FREIRE, Paulo. Pedagogia
do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
PECHI, D. Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem. Revista Nova Escola, São Paulo,
out./2011.Disponível < http://revistaescola.abril.com.br/formacao/redes-sociais-ajudam-interacao-professores-alunos-645267.shtml
> Acesso em 11 jun. 2014
PHILLIPS, Linda Fogg; BAIRD, Derek M.A.;
FOGG, B. J. Facebook para educadores. Disponível < http://lantec.fae.unicamp.br/ed88/Xconteudos-digitais/arquivos/facebook-para-educadores-guia-PT.pdf > Acesso em 11 jun.2014
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